Somente em agosto, os Estados Unidos registraram 4,3 milhões de pedidos de demissão. Este desinteresse pelo trabalho tem chamado a atenção e está sendo nominado como the Great Resignation.
São vários os motivos que causaram este fenômeno, mas o mais influencia é a busca pela qualidade de vida (e não ter que voltar a trabalhar presencialmente). De acordo com a Harvard¹, o crescimento das renúncias se destacam entre a faixa de 30 a 45 anos e nos setores de saúde e tecnologia.
Aqui no Brasil este movimento ainda não chamou muito a atenção, até porque estamos lidando com muitas coisas né, desde desemprego, inflação e até um PIB fraquinho. Mas também há um movimento de aumento dos pedidos de demissão no mercado de trabalho brasileiro.
Ainda que o cenário seja menos preocupante que o americano, o ano de 2021 está com tendência de alta nos pedidos de demissão. Considerando o período de janeiro a agosto de 2020 e 2021, este ano registra crescimento de 55%, tendo cerca de 1,1 milhão de pedidos de demissão a mais que o ano anterior.
Apesar do crescimento no ano ser influenciado pela redução momentânea dos pedidos de demissão durante os meses de março a maio de 2020, o percentual de pedidos de demissão de agosto alcançou seu maior valor histórico, com 35% do total dos desligamentos e mais de 500 mil pedidos apenas no mês.
Assim como nos americanos, um dos setores que mais se destaca no aumento de pedidos de demissão é o da tecnologia. Entre os períodos de 2020 e 2021, o crescimento dos pedidos de demissão chegou a 86%. Os serviços financeiros e atividades profissionais (jurídicas, contabilidade e de pesquisas) também estão com taxas elevadas.
O perfil dos pedidos de demissão do Brasil também apontam maior frustração entre as grandes empresas. Nas empresas com mais de 100 empregados, o crescimento dos pedidos de demissão passam de 60%.
¹ https://hbr.org/2021/09/who-is-driving-the-great-resignation
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